Como Criar Um Fundo de Emergência?
Numa altura de difícil conjuntura económica e social, é normal que parte considerável das famílias portuguesas atravesse momentos desafiantes.
Os salários pouco competitivos em simultâneo com o aumento considerável do custo de vida fazem com que muitas pessoas não consigam dar resposta a todas as suas obrigações financeiras.
E como os imprevistos acontecem, é crucial garantir que tem um fundo de emergência para estes momentos mais inesperados.
Assim, é importante saber organizar o rendimento disponível, de forma a conseguir pôr de lado algum dinheiro para possíveis situações de emergência.
Vamos explicar-lhe como o poderá fazer e quais as soluções à sua disposição que lhe trarão maior poupança para conseguir um fundo de emergência sólido.
O Que é Um Fundo de Emergência?
Um fundo de emergência é um montante que é poupado e colocado de parte, destinado a ser utilizado somente em caso de necessidade extrema.
Neste sentido, ao colocar de lado este dinheiro, conseguirá garantir que, caso surja algum imprevisto, tem um recurso financeiro disponível de forma imediata para dar resposta a qualquer necessidade monetária.
Ao criar esta poupança, está a precaver-se para eventualidades que possam, por algum motivo, levar à necessidade de ter dinheiro disponível com urgência, como:
- Doença súbita;
- Acidente;
- Perda inesperada de rendimentos;
- Situação de desemprego.
Assim, este valor serve como salvaguarda, permitindo-lhe a certeza de ter alguma segurança em momentos de maior incerteza.
Qual o Valor Adequado Para Um Fundo de Emergência?
Não há necessariamente uma resposta certa para esta pergunta.
O montante do fundo de emergência pessoal pode variar com base nas suas obrigações financeiras e nos seus objetivos de poupança.
💡 No entanto, e de uma forma geral, aconselha-se que poupe o suficiente para suportar entre seis meses a um ano das suas despesas habituais.
Assim, deve calcular o valor mensal das suas despesas fixas, que podem ser, por exemplo, a renda do seu imóvel ou a prestação do seu automóvel.
Depois, deve, também, ter em conta o valor das suas despesas variáveis, como as contas da água e da eletricidade, e a alimentação.
Posto isto, supondo que gasta, em média, 700€ mensais em despesas, ao final de um ano deve considerar ter, aproximadamente, 8400€ no seu fundo de emergência.
Como Criar Um Fundo de Emergência?
Para criar um fundo de emergência pessoal é necessário, em primeiro lugar, organizar o seu rendimento disponível de forma metódica e pragmática.
Apesar de ser uma tarefa trabalhosa, compensa o esforço.
Assim, se pretende criar uma poupança pessoal, estas são algumas dicas que deve ter em conta:
- Analise os seus rendimentos – primeiramente, deve fazer contas ao seu rendimento e perceber qual o valor disponível depois de dar resposta a todas as suas obrigações.
- Defina objetivos – antes de iniciar o processo de poupança, deve definir, à priori, qual o valor que pretende atingir. Desta forma, consegue estipular um objetivo concreto, o que potencia o foco e a motivação.
- Faça escolhas conscientes – poupar exige esforço e dedicação, pelo que é fundamental pensar duas vezes antes de realizar qualquer compra. Assim, deve focar-se em priorizar as suas necessidades e fazer alguma contenção de custos.
- Salvaguarde o seu dinheiro – a melhor forma de garantir que mantêm o fundo de emergência seguro e que não cede à tentação de mexer no dinheiro, é alocar o montante, por exemplo, a uma conta poupança. Desta forma, o dinheiro fica seguro e disponível, a qualquer momento, caso haja essa necessidade.
Com foco no objetivo e atenção redobrada aos gastos, conseguirá organizar-se de forma a otimizar os seus rendimentos e, assim, garantir um fundo de emergência seguro para o futuro.
O Crédito Consolidado é Uma Solução?
Em teoria, poupar parece simples. Mas não é novidade que a prática nem sempre é assim tão fácil, especialmente quando existem várias despesas para gerir.
Este cenário pode tornar-se particularmente desafiante se tiver mais do que um crédito e, por isso, mais do que uma prestação mensal a tirar-lhe uma generosa fatia dos rendimentos.
Então como conseguir criar um fundo de emergência quando já contraiu vários financiamentos e não pode fugir aos compromissos financeiros assumidos nem ficar com prestações em atraso?
Ora, se conta com mais do que um empréstimo, deve ponderar a possibilidade de consolidar os seus créditos.
Através do crédito consolidado, conseguirá juntar o valor de todos os seus empréstimos numa prestação mensal única. Desta forma, poderá reduzir exponencialmente o valor a pagar por mês.
O resultado será uma maior margem de poupança, que beneficiará o seu fundo de emergência.
Ao juntar os seus créditos pode alargar o prazo de reembolso e poupar até 60% no pagamento da mensalidade. Facilmente poderá canalizar esta poupança para o seu fundo de emergência pessoal.
Esta solução permite consolidar crédito pessoal, crédito habitação e ainda pagar cartão de crédito.
Para escolher o crédito consolidado adequado, deve garantir que compara várias ofertas de diferentes entidades financeiras. Só assim poderá garantir a maior poupança possível.
Pode fazer uma simulação online e tratar de todo o processo através da internet, de forma célere e simples.
Vantagens do Fundo de Emergência?
Apesar de ser uma tarefa complexa, criar um fundo de emergência será um esforço temporário e que trará retorno no médio prazo.
As principais vantagens de ter uma poupança para situações imprevistas são:
- Conforto em caso de necessidade – ao ter uma poupança, poderá sentir maior tranquilidade no dia a dia, do ponto de vista financeiro, no caso de haver alguma circunstância inesperada.
- Hábitos de poupança – dado que criar um fundo de emergência exige um comportamento regrado, irá reforçar a sua atenção para detalhes que lhe permitirão poupar. Assim, saberá identificar, por exemplo, a época de saldos (onde é possível obter produtos por preços mais vantajosos) ou quais os fornecedores de eletricidade mais competitivos.
- Utilização ponderada do orçamento familiar – permitirá que tenha um pensamento mais crítico e maior ponderação face ao rendimento disponível, promovendo uma utilização consciente e controlada do dinheiro.
Assim, ao poupar, terá uma perspetiva mais informada da forma como utiliza o seu orçamento, o que promove a análise de possibilidades, não só de poupança, como de investimento do capital.
Como Rentabilizar o Fundo de Emergência?
Ao alcançar seu objetivo monetário definido para o seu fundo de emergência, pode avaliar a possibilidade de rentabilizar o dinheiro de modo aumentar o valor.
Investir o dinheiro pode ser uma forma de otimizar a poupança conseguida.
No entanto, antes de tomar qualquer decisão, deve ter em conta que o objetivo principal do fundo de emergência é a garantia de que tem determinada quantia em segurança em caso de necessidade.
Neste sentido, não seria ponderado arriscar perdas de forma inconsciente.
⚠️ É fundamental avaliar as circunstâncias dos investimentos de forma a evitar riscos de perda.
As principais possibilidades de investimento são:
- Plano Poupança Reforma (PPR)
- Ações
- Fundos de investimento
- Certificados de aforro
- Certificados do tesouro
- Depósitos a prazo
Conclusão
A qualquer momento, há a possibilidade de surgirem imprevistos que colocam em causa a sua capacidade financeira.
Com o objetivo de prevenir conjunturas adversas, a criação de um fundo de emergência é uma opção vantajosa. Ao antecipar um plano de poupança, estará a precaver-se para quaisquer acontecimentos que obriguem a acesso imediato a dinheiro.
Com o objetivo de diminuir custos, pode optar por organizar os seus gastos. Além disso, também a opção de consolidar os seus créditos pode ser vantajosa para obter uma maior margem de poupança.
Perguntas Frequentes
Um fundo de emergência é uma poupança destinada a ser utilizada apenas em casos de emergência, como o nome indica.
Trata-se de um montante monetário que é colocado de parte e no qual não deve “mexer”. Desta forma, conseguirá garantir que, caso surja um imprevisto, tem dinheiro disponível de forma imediata.
Aconselha-se que poupe o equivalente a entre seis e 12 meses das suas despesas habituais.
Deve, em primeiro lugar, organizar o seu rendimento disponível de forma pragmática de modo a conseguir estabelecer um objetivo de poupança e cumpri-lo.
Para isso deve:
- Analisar os seus rendimentos para perceber qual o valor disponível depois de tratar de todas as despesas habituais;
- Estipular um objetivo concreto e equilibrado de poupança;
- Priorizar as suas necessidades e gastar o dinheiro de forma consciente e contida;
- Guardar o fundo de emergência à parte do dinheiro que usa para fazer face às despesas habituais, colocando-o, por exemplo, numa conta poupança.
Se tem mais do que um empréstimo, deve ponderar a consolidação dos seus financiamentos para conseguir maiores poupanças mensais.
Através do crédito consolidado, conseguirá juntar as suas prestações numa mensalidade única. Isto significa reduzir exponencialmente a despesa mensal com créditos.
O resultado será uma maior poupança, que pode canalizar para o fundo de emergência.
A melhor forma de encontrar a solução ideal para si é utilizar o simulador de crédito consolidado e comparar várias ofertas.