Quanto Vai Subir a Minha Prestação da Casa?
Os vários anos de taxas de juro negativas permitiram aceder ao crédito habitação com custos menores e manter em alta a procura por casas.
Contudo, 2022 trouxe uma trajetória de subida das taxas, afetando dramaticamente as prestações dos empréstimos habitação, que aumentaram em flecha.
Este cenário é especialmente preocupante para as famílias que têm os seus créditos com taxa variável, indexada à Euribor. Naturalmente, muitos portugueses têm vindo a questionar “quanto vai subir a minha prestação?“.
É normal que sinta a pressão financeira. Mas, felizmente, existem formas de acautelar estas subidas e equilibrar a gestão do orçamento familiar.
Por isso, é importante perceber como funcionam as subidas das prestações e de que formas as pode combater.
Conte com a nossa ajuda para começar já a poupar e ser capaz de enfrentar eventuais aumentos da taxa.
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Como Funcionam as Prestações do Crédito Habitação?
Se tem crédito habitação deve estar a tentar perceber em quanto vai aumentar a prestação da casa e como se pode preparar para esta subida.
Mas primeiro é importante perceber como funcionam as mensalidades do empréstimo habitação.
Como em qualquer crédito, cada prestação é um passo no sentido do reembolso do valor que lhe foi emprestado pelo banco. Mas não só.
É que além do capital em dívida, também está a pagar juros. Assim, uma parte da prestação está a pagar parte do montante que lhe foi concedido. E outra parcela destina-se a pagar juros sobre esse valor.
❗Nos primeiros anos, estará maioritariamente a pagar juros. À medida que o empréstimo se aproxima do fim, a componente de amortização será superior.
Ora, quando contrata um crédito habitação, pode optar por taxa fixa ou variável.
Caso escolha a primeira opção, o valor das prestações mensais é constante e não sofre alterações ao longo do contrato. Geralmente, esta opção encarece a prestação a pagar.
Se, por outro lado, escolher a taxa variável, está sujeito a oscilações no valor da prestação porque a taxa de juro está indexada à Euribor, que pode subir ou descer.
💡 A Euribor (Euro Interbank Offered Rate) consiste na taxa de referência aplicada aos empréstimos habitação na Europa. É ajustada a cada três, seis ou doze meses.
Com a Euribor a subir a pique, os clientes com taxa variável têm visto as suas prestações a aumentar bastante e de forma recorrente sempre que a mensalidade é revista de acordo com a taxa.
Quando Vai Subir a Minha Prestação?
Tendo em conta o cenário económico atual, é normal que dê consigo preocupado com a dúvida “quanto vai subir a minha prestação?”.
Afinal, há um orçamento familiar para gerir e contas para pagar, pelo que ter de canalizar mais dinheiro para a prestação da casa não é, naturalmente, ideal.
Posto isto, é importante perceber que os créditos habitação com taxa variável têm como base a taxa Euribor a três, seis ou doze meses. Isto significa que o valor é revisto de acordo com o prazo estipulado no contrato.
Assim, se tiver, por exemplo, um empréstimo com Euribor a seis meses, o valor da taxa só poderá ser revisto e ajustado de seis em seis meses. O mesmo se aplica às restantes alternativas.
Para efeitos de revisão é utilizada a média dos valores da Euribor para o prazo em causa observada no mês anterior ao de início do contrato de crédito.
Ou seja, se o contrato foi assinado em junho e com Euribor a seis meses, por exemplo, então a taxa de juro aplicada nos 6 meses seguintes resulta da média da Euribor a 6 meses que se registou em maio.
E Como Saber Quanto Vai Subir a Minha Prestação?
Para conseguir saber quanto vai subir a prestação do crédito habitação, deve ter em conta os seguintes elementos:
- Capital ainda em dívida
- Prazo da Euribor do seu contrato
- Spread do seu contrato
- Prestações ainda por liquidar
- Valor da Euribor aplicado à revisão (como lhe explicámos em cima)
Deve consultar a média mensal da Euribor de modo a saber a taxa média para o prazo associado ao seu contrato (três, seis ou doze meses).
Depois, só terá de aplicar esta variação ao seu contrato e calcular quanto vai aumentar a prestação mensal.
Exemplo Prático
Vamos a um exemplo para que não restem dúvidas.
Supondo que tem em dívida 170.000€, com um spread de 1% e que a sua taxa é revista a cada 3 meses.
Caso a primeira prestação após a revisão seja paga em setembro de 2023, o valor aumenta em 140,58€ face ao que paga atualmente.
Este aumento representa uma subida superior a 14% no montante gasto mensalmente com o seu crédito habitação.
Uma boa forma de saber se é possível poupar com o seu crédito habitação e quanto ficaria a pagar mensalmente é utilizar um simulador de crédito consolidado com hipoteca.
Esta simulação permitir-lhe-á perceber imediatamente qual a sua nova prestação estimada bem como a poupança que pode conseguir.
Desta forma, será mais fácil esclarecer a dúvida “quanto vai subir a minha prestação?” e obter valores mais palpáveis.
Como Acautelar a Subida da Prestação e Gerir o Orçamento Familiar?
Com o aumento do custo de vida em Portugal e a subida das taxas de juro, muitos portugueses têm vindo a sentir dificuldade acrescida na gestão do orçamento familiar.
Muitos questionam-se diariamente “quanto vai subir a minha prestação?”.
A pressão financeira faz-se sentir e, muitas vezes, surge a hipótese de deixar prestações em atraso e não pagar os empréstimos.
No entanto, este é um cenário que deve evitar a todo o custo, uma vez que o deixar em risco de incumprimento e graves problemas bancários.
Mas então como cautelar a subida da prestação e evitar este cenário?
Consolidar Créditos
É natural que o aumento do custo de vida em Portugal o leve a sentir que os seus rendimentos já não são suficientes para fazer face a todas as despesas, especialmente perante a subida da prestação da casa.
Se assim for, e se a dúvida “quanto vai aumentar a minha prestação?” lhe está a tirar o sono, poderá avaliar a hipótese de recorrer ao crédito consolidado.
Esta solução é bastante vantajosa para quem possui mais do que um empréstimo. Poderá juntar as mensalidades dos seus financiamentos numa só prestação, ficando a pagar a apenas uma entidade.
Além disso, estará a prolongar o prazo de pagamento, o que permite diminuir significativamente o montante que paga mensalmente. Pode conseguir poupanças de até 700€.
Desta forma, é possível, por exemplo, juntar crédito pessoal a crédito habitação.
Esta solução de poupança já pode ser contratada 100% online e de forma simples, sem necessidade de deslocações ou longos períodos de espera.
Negociar Crédito
Outra alternativa que pode explorar caso perceba que não consegue suportar a subida da prestação é a renegociação do crédito.
Esta solução permite, desde que cliente e entidade financeira estejam de acordo, a possibilidade de rever e ajustar as condições inicialmente acordadas no contrato de empréstimo.
Assim, conseguirá condições mais vantajosas e que facilitem o pagamento das prestações.
Pode, por exemplo, procurar baixar o spread do seu crédito habitação, prolongar o prazo de pagamento ou renegociar a existência de produtos extra associados ao contrato.
Transferir Crédito Habitação
Embora o crédito habitação seja um compromisso a longo prazo, não deve sentir-se preso ao seu banco.
A verdade é que pode transferir o crédito habitação para outra instituição caso perceba que consegue condições mais atrativas e um crédito mais barato na concorrência.
E pode fazer esta transferência a qualquer momento.
O grande objetivo será, naturalmente, pagar menos pela sua prestação mensal, conseguindo um contrato mais vantajoso e com poupança adicional.
Se optar por esta solução, a nova entidade financeira pagará antecipadamente o seu empréstimo habitação ao atual banco. Depois, cabe-lhe a si pagar a dívida à nova instituição.
O CréditoConsolidado.pt pode ajudá-lo a perceber se esta é a opção certa para si e quais as entidades mais vantajosas para o seu caso. Basta recorrer ao nosso simulador.
Amortizar Crédito Habitação
Uma quarta opção que também conquista adeptos é a amortização antecipada do crédito habitação.
Tal como a transferência, amortizar parte ou a totalidade do empréstimo é algo que é permitido a qualquer momento do contrato.
No entanto, esta é uma solução que deve ser bem analisada.
Se por um lado a amortização pode ser benéfica, por outro há casos em que pode não ser assim tão vantajosa.
O importante é conhecer as comissões envolvidas para ser possível avaliar a sua situação específica:
- Um custo de até 0,5% para créditos habitação com taxa de juro variável;
- Um custo de até 2% para os empréstimos habitação com taxa de juro fixa.
❗Atenção: Durante o ano de 2023, os créditos habitação que tenham taxa de juro variável ficam isentos da comissão de amortização antecipada.
Fundo de Emergência
Esta última opção implica a um trabalho de poupança prévio, já que prevê a existência de um fundo de emergência.
Um fundo de emergência é um montante que é colocado de parte e que é poupado com o objetivo de ser utilizado apenas em caso de necessidade extrema.
Desta forma, ao poupar o dinheiro, conseguirá garantir que tem algum capital disponível de forma imediata para dar resposta a uma necessidade mais urgente.
Poderá ser o caso de uma subida agressiva e repentina da prestação da casa. Tendo um fundo de emergência, estará capaz de dar resposta a este aumento.
Conclusão
Tendo em conta a escalada da Euribor, que muito tem impactado o custo das prestações de tantas famílias, é perfeitamente normal que sinta alguma ansiedade financeira.
Deve até dar consigo a questionar “quanto vai subir a minha prestação?”.
Caso tenha um crédito habitação com taxa variável, saiba que não há como evitar ser afetado por esta oscilações.
No entanto, a boa notícia é que existem alguns métodos que pode aplicar no sentido de acautelar eventuais subidas e evitar o risco de incumprimento.
Pode, por exemplo, consolidar ou transferir o seu crédito habitação. Em alternativa, pode também negociar as condições do seu contrato.
A nossa equipa está totalmente apta a ajudá-lo a encontrar a melhor solução de poupança para o seu caso específico. Não se preocupe.
Perguntas Frequentes
Os empréstimos habitação com taxa variável podem ter como base a Euribor a três, seis ou doze meses. Desta forma, o valor será sempre revisto de acordo com o prazo estipulado pelo contrato.
Para saber quanto vai aumentar a prestação precisa de saber, em primeiro lugar:
- O capital que ainda tem em dívida
- O prazo da Euribor do seu crédito
- O spread do seu contrato
- A quantidade de prestações por liquidar
- O valor da Euribor aplicado à revisão
Deverá consultar a média mensal da Euribor para saber qual a taxa média para o prazo associado ao seu contrato.
Depois, resta aplicar esta variação ao seu crédito e calcular o aumento da prestação mensal. É deste modo que consegue a resposta à questão “quanto vai subir a minha prestação?”.
Se tem crédito habitação com taxa variável, importa saber que não pode evitar ser afetado pelas oscilações na Euribor.
No entanto, existem formas de acautelar eventuais subidas e proteger-se do risco de incumprimento:
- Renegociar o crédito
- Recorrer ao fundo de emergência (caso tenha)
- Amortizar o crédito
- Transferir crédito habitação
- Consolidar créditos
Qualquer opção é válida. Mas o ideal será ter a certeza de que escolhe a melhor para o seu caso.
Para isso, o melhor será utilizar um simulador de crédito consolidado online e contar com ajuda especialista para perceber qual a solução que lhe traz maior poupança.
Deste modo não terá de viver preocupado com a dúvida “quanto vai subir a minha prestação?”.