Ansiedade Financeira: O Que é e Como Lidar?
A ansiedade tem-se tornado tão generaliza que se multiplicam os estudos sobre o problema. Especialmente numa altura em que também o cenário económico parece contribuir para a difusão do problema.
Por consequência, a ansiedade financeira é um problema que afeta inúmeras pessoas e que pode ter consequências nocivas na saúde mental e física de qualquer um.
Quando assim é, torna-se crucial parar, avaliar o problema e perceber como lidar com ele. E o primeiro passo é saber como pode conseguir poupar.
O Que é a Ansiedade Financeira?
Antes de perceber o que é a ansiedade financeira, importa começar por compreender o que é a ansiedade por si só.
A ansiedade não deve ser encarada como um “bicho de sete cabeças”. É uma emoção normal, que pode ser experienciada por qualquer pessoa e que se caracteriza por sensação de stress, tensão, preocupação e insegurança.
Muitas vezes, pode ser acompanhada por sintomas físicos, como o aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, tremores e, até mesmo, tonturas.
Pegando nesta explicação, torna-se mais fácil compreender o que poderá ser a ansiedade financeira.
Trata-se de um conceito que assenta na ideia de que em situações de escassez de dinheiro ou de um cenário económico negativo, o indivíduo começa a sentir-se exageradamente nervoso e a experienciar sintomas físicos e emocionais negativos.
E, claro, falamos de um problema que não pode ser ignorado e que precisa de aconselhamento médico especializado.
💡Indecisões relacionadas com finanças, como é o caso da escolha entre pedir uma moratória de crédito ou fazer uma consolidação, também podem contribuir para este cenário de ansiedade.
Como Identificar a Ansiedade Financeira?
É muito importante perceber que, de uma forma geral, o diagnóstico de ansiedade deve ser determinado por um médico e não assentar em meras suposições.
Especialmente quando está perante um cenário de ansiedade que seja, de alguma forma, incapacitante ou causador de um stress e desconforto superior ao que seria normal e suportável.
Ainda assim, existem, naturalmente, alguns sinais, físicos e emocionais, que poderão permitir identificar a ansiedade financeira e que o devem levar a procurar aconselhamento especializado:
- Preocupação excessiva
- Irritabilidade
- Inquietação
- Insónias
- Aumento da frequência cardíaca
- Dificuldade na concentração
- Sentimento de pânico
- Falta de ar
- Dores ou sensação de peso no peito
- Alterações gastrointestinais
- Perda de peso
Se o desconforto ou preocupação com as suas finanças pessoais são constantes e originam este tipo de sintomas, então é provável que sinta ansiedade financeira.
Infelizmente, devido ao atual cenário económico, com constantes aumentos das prestações ao banco e o aumento do custo de vida, a ansiedade financeira é cada vez mais comum.
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Como Lidar Com a Ansiedade Financeira?
Em primeiro lugar, entenda que é perfeitamente normal sentir-se preocupado. O risco de contrair dívidas, não conseguir pagar os créditos ou entrar em incumprimento existe e é alarmante.
Mas também deve compreender que é possível controlar a ansiedade financeira, adotando algumas estratégias, melhorando a gestão do orçamento e reforçando a literacia financeira.
Avaliar os Seus Gastos
O primeiro passo é recuar e olhar de forma crítica para os seus gastos. Analise bem os seus rendimentos e onde emprega o dinheiro.
É importante perceber a sua relação com o dinheiro e de que forma o gasta. Reconhece muitas compras por impulso? Ou, pelo contrário, joga mais pelo seguro?
Liste as suas despesas e identifique aquelas que são secundárias e, por isso, podem ser eliminadas ou diminuídas.
Isto não significa que tem de poupar cada cêntimo ou abdicar de tudo o que lhe dê prazer. O importante é saber como poupar dinheiro e fazer escolhas conscientes e responsáveis.
É muito importante que empregue boas práticas de gestão do dinheiro. Só assim garantirá a saúde e o equilíbrio das suas finanças pessoais.
Recuperar a Saúde das Suas Finanças
Estando num aperto financeiro, ou com receio de lá chegar, é normal que o estado das suas finanças o deixe mais ansioso. E para resolver o problema convém perceber a sua origem.
Perdeu rendimentos? A prestação da casa aumentou devido à subida da Euribor? Ou tem dívidas pendentes?
Os motivos para a sua ansiedade financeira podem ser vários, mas há uma alternativa que pode ajudar a evitar males maiores e a conseguir poupar significativamente.
Se tem mais do que um financiamento pode avaliar a hipótese de pedir um crédito consolidado. Desta forma, junta todos os seus empréstimos num só, alonga o prazo de pagamento e reduz a mensalidade.
Trata-se de uma solução que pode permitir poupanças até 60%, pelo que conquista muitas pessoas com mais do que um crédito. Ainda assim, a oferta no mercado é extensa e é crucial comparar propostas.
Além da consolidação, existem outras alternativas que o farão reduzir encargos e poupar nas prestações:
Qualquer uma destas opções poderá ser válida e útil para conseguir poupar todos os meses e recuperar a estabilidade financeira. Por isso, é importante conhecê-las e fazer as devidas comparações.
Traçar Metas e Agir
Controlar a ansiedade financeira não é algo que se consiga de um dia para o outro. Por isso, é importante ir traçando metas e agir no sentido de as alcançar.
Não baixe os braços e procure fazer o que está ao seu alcance para melhorar a sua estabilidade financeira.
Um bom primeiro passo será, por exemplo, estabelecer passos que permitam reduzir as despesas.
Negociar contratos de serviços, como telecomunicações, gás e água, é uma boa estratégia para tentar baixar alguns encargos. Caso seja vantajoso, pode até optar por trocar de fornecedor.
Outra ideia que pode considerar é a de estabelecer pequenas metas de poupança, se possível. Depois de analisar os seus rendimentos e encargos, procure definir um objetivo de poupança razoável e realista.
Com estes pequenos gestos tornar-se-á mais fácil garantir uma almofada financeira e ir criando o seu fundo de emergência.
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Procurar Ajuda Profissional
Caso sinta extrema dificuldade em lidar com a sua ansiedade financeira sozinho, deve procurar ajuda profissional.
Cuidar da sua saúde mental é tão importante como tratar da saúde física.
Por isso, caso perceba que não está a conseguir ultrapassar esta fase menos positiva, mesmo tendo todos os cuidados possíveis, talvez seja boa ideia procurar aconselhamento por parte de um médico psicólogo.
A ansiedade financeira pode ter um impacto negativo significativo na vida de uma pessoa, manifestando-se em preocupações constantes e intensas, irritabilidade e conflitos nas relações pessoais. Adicionalmente, está associada a uma maior predisposição para desenvolver perturbações de ansiedade ou depressão. Um psicólogo pode auxiliar, explorando as causas subjacentes dessa ansiedade e desenvolvendo estratégias para geri-la de forma mais saudável. Além disso, pode trabalhar a promoção da literacia financeira, ajudando a estabelecer metas de gestão financeira adaptadas à sua realidade e a desenvolver maior consciência sobre a sua tomada de decisão no âmbito financeiro.
Rita Mendes, Psicóloga
Cédula Profissional 25821
Adicionalmente, não se esqueça de que também para a sua estabilidade financeira existem profissionais qualificados. Pode, por exemplo, recorrer à ajuda de um intermediário de crédito.
Uma equipa especializada saberá esclarecer quaisquer questões e apresentar-lhe a melhor solução de poupança para recuperar a saúde das suas finanças.
Conclusão
Perante um cenário económico menos positivo, marcado pelo aumento do custo de vida, pela escalada da taxa Euribor e pela redução dos rendimentos, é normal que a sua estabilidade financeira e emocional seja comprometida.
Nestes momentos, não é de estranhar que comece a sentir alguma ansiedade financeira. Trata-se de uma reação de preocupação relativamente às suas finanças e que é muito comum.
Mas existem formas de lidar com este problema e que podem colocar num caminho de poupança que permita recuperar a estabilidade financeira.
Avalie não só a hipótese de aplicar estratégias que tragam poupança, como a consolidação de créditos, mas também na procura por ajuda profissional.
E, acima de tudo, avalie bem as suas finanças e as opções à sua disposição.
Perguntas Frequentes
A ansiedade é uma sensação de medo ou receio perante uma ameaça ou uma preocupação relativamente a algo que pode acontecer e que tememos ser negativo.
Seguindo esta definição, a ansiedade financeira é, portanto, um conceito que tem como base a ideia de que em momentos de maior escassez de dinheiro, o indivíduo começa a sentir-se profundamente nervoso, podendo mesmo experienciar sintomas físicos e emocionais negativos.
Nos dias que correm, este é um problema cada vez mais comum.
Existem alguns sinais de alerta, tanto físicos como emocionais, que podem ajudar a identificar a ansiedade financeira:
- Irritabilidade
- Preocupação excessiva
- Insónias
- Falta de ar
- Perda de peso
- Aumento do batimento cardíaco
- Sensação de peso no peito
- Outros sintomas físicos e emocionais
Caso identifique estes sintomas, isolados ou em conjunto, e reconheça uma preocupação excessiva com as suas finanças, deve procurar aconselhamento especializado por parte de um psicólogo ou psiquiatra.
Embora possa ser um problema algo preocupante ou assustador, é possível lidar com a ansiedade financeira.
Além de procurar ajuda médica para lidar com as emoções negativas provocadas pela escassez financeira, pode também adotar algumas estratégias para melhorar a gestão do orçamento e recuperar a saúde das suas finanças.
Uma boa sugestão será avaliar a hipótese de pedir um crédito consolidado, que lhe permitirá uma poupança significativa todos os meses.
Em alternativa pode também fazer uma transferência de crédito habitação ou uma renegociação de créditos.
E não se esqueça de analisar cuidadosamente os seus rendimentos e gastos, de modo a garantir que não existem encargos desnecessários. Caso existam, opte por cortar nesses gastos.